quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Estaria mesmo o céu no chão?

Se estivesse, meus pés encontrariam-se sobre a imensa camada de ozônio,
por mais que eu tente, só me vejo imersa em um  angustiante abismo.
Um obscuro horizonte atrai o meu inconsciente e não me deixa seguir...

mesmo tendo muito, às vezes não tenho nada

às vezes tudo sempre acaba

às vezes o mar é madrugada

o mundo é uma cilada 

e eu, apenas uma perdida na multidão ou 

um soneto; uma canção.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009


E o vazio fez morada nesse frágil coração

antes regado por flores e canções

hoje abstraído em um mundo de ilusões.

Pobre orgão

ausente de afeto

nas mãos de um arquiteto

capaz de perceber

as dores que a vida nos traz

e com dor, tudo se torna frio, 

tudo se torna amargo

tudo se torna arrepio

carregado por um grande fardo

dentro de tal coração

que nunca fora amado.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Temor ao desconhecido

Vigor ao despercebido

Amor ao desprendido

Me levam a um afeto desconcebido

E assim a vida passa

Com um leve ar de graça

Como uma andorinha no vento 

E como minha alma ao relento

Entrego-te, óh vida caridosa

Todo o meu ser que um dia fora prosa

(tches)

Horas inúteis

Horas fúteis

Horas caladas

E mal amadas

Preenchem meu dia

Sem euforia

Me levam ao desterro

E me deixam sem sossego

Mas de que valeria as horas do dia

Se não me levassem a essa vida de passagens? 

(tches)